2014 está a ser uma razia

A primeira coisa que o meu pai disse de manhã quando ligou a televisão foi "Deixa lá ver a notícias, a ver se já morreu mais alguém.".
Depois do Tito e do Hernâni no dia 25, deparei-me agora mesmo com a notícia da morte do Vasco Graça Moura.
Mais velhos ou mais novos, é sempre triste "ver" alguém partir. E eu nem costumo fazer destas coisas de publicar sobre pessoas que não me são nada.


Melhor do que o original #3

E depois do 25 de 74


Isto é o mais perto que estarei hoje de homenagear o 25 de Abril, porque não tenho paciência para os discursos saudosistas, do bota abaixo e afins.
E esta é a única música relacionada com Abril, que me faz querer verter lágrimas como se não houvesse amanhã. Mas é por si só, não me lembro do 25 de Abril cada vez que a oiço. Emociona-me e pronto. É forte, tem uma boa letra e um grande intérprete.
Quando ao 25 de Abril, gosto mais de ouvir as histórias de quem viveu por dentro, o meu pai, das reais realidades da altura e não só das que falam na televisão, e pensar que valeu a pena. 
Do que ouvi da entrevista do Otelo, podem dizer o que quiserem do homem, mas porra que teve uma cabeça e uns tomates do caraças para engendrar toda aquela trama.
Mas depois penso que a liberdade para que ele lutou, é hoje em dia tão mal utilizada. Confunde-se todos os dias liberdade com falta de educação, falta de respeito pelo próximo, falta de bom senso, falta de princípios e falta de valores.
Não vivi o antes, apenas o depois, mas acho que ao fim de 40 anos, não se aprendeu nada. Não aprendemos nada.

Faz-me alguma espécie

Pessoas que todos os dias vão fazer posts no facebook a dizer Bom Dia ou Boa Noite!
Porquê? Ninguém quer saber se vocês vão dormir ou se já estão acordados. Parece que é a primeira coisa que fazem quando acordam, em vez de irem lavar a cara, tirar as remelas e fazer a mija matinal.
Que dependência das redes sociais. Pessoas, vão apanhar sol...ou chuva.

Coincidências do caneco

Dia 20 de Abril de 2014: O benfica ganha o campeonato de futebol, os adeptos saem para a rua feitos malucos, tudo de cachecol em riste.
Dia 20 de Abril de 2014: Eu ando a tarde toda com uma alergia do caraças ao pó, os olhos a chorar, o nariz a pingar e a espirrar desenfreadamente.
E hoje continuo, de tal forma que já tive de tomar qualquer coisinha para isto abrandar.

Páscoa

A minha Páscoa cheira a pinheiros, a ar puro e a erva verdinha (também cheira a vacas, cabras e estrume). Tem sabor a cabrito, batatas e arroz, tudo no forno e manteiga a derreter no pão acabado de fazer. Tem som de risos de crianças, de "aleluia, aleluia" e foguetes.
Levantava-me sempre cedo para ir com o meu pai apanhar flores para enfeitar a mesa da Páscoa, onde púnhamos amêndoas, um bolo que na realidade era pão e um envelope com dinheiro para depois o padre levar (coisa que eu sempre achei estranha).
A minha Páscoa, a da minha infância foi passada rodeada da minha família materna, daqueles que amo e que me amam muito. Foi rodeada dos irmãos, dos primos que eram como irmãos. Dos doces que todos gostávamos, das brincadeiras, das conversas emocionantes, dos risos. Da alegria.
Hoje em dia tornou-se apenas uma data, este ano principalmente, mas mesmo assim fizemos um esforço. Tivemos cabrito, batatas e doce. Tivemos conversas e algum riso. Fomos apenas aqui os de casa e um irmão do meu pai, mas foi bom.
A vida vai passando e vai moldando-nos aos acontecimentos. Mas há aqueles momentos em que tentarei sempre voltar ao sítio onde fui feliz.

O Trabalho Mais Difícil do Mundo


Às vezes acho que tenho um humor tão particular, que até tenho receio de dizer o que me vai na cabeça, por achar que corro o risco de ser mal interpretada.
Se fosse eu neste video, assim que o senhor disse que aquele trabalho era exercido pelas mães, eu teria atirado logo com "Mas a minha mãe dorme...e ressona para caraças!".

Desculpe lá mãe, já nem me lembro se ressonava...

Há coisas que não entendo

Andava a navegar pelo facebook, e às tantas dou com a publicação da foto de uma pequena. Até aqui tudo normal, não fosse a foto ser da pulseira que lhe colocaram na urgência de um hospital.
Mas quem raio se lembra (e lhe apetece) tirar fotografias no hospital e espetá-las no facebook de corrida?
Ah claro, as(os) pequenas(os) com ainda pouco miolo, e sem nada de sério certamente, ou caso contrário o facebook era a última coisa a passar-lhes pela cabeça numa urgência de hospital.

Da semana que hoje chega ao fim

Que semana de merda. Não há outra maneira de a descrever. Foi uma semana que não tendo nada de especial, foi uma bela merda.
A começar chateei-me com o meu namorado e não nos falamos desde terça-feira. Depois o Barcelona foi corrido da Liga dos Campeões (podem parar por aí, já deviam saber que o futebol é coisa séria para mim), depois foi a vez do meu Porto (fuck!) e para finalizar na madrugada de sábado assaltaram a oficina do meu pai, que curiosamente já tinha sido assaltada na véspera de natal, e espatifaram um portão novo e caro que nem 15 dias tinha.
Mas nada temam, ainda conto com todos os ossos e dentes, e não tenho arranhões de maior. Está tudo fino, pah!

Mas depois destes episódios cheguei à conclusão de que era capaz de limpar o sebo a quem fez o favor de roubar uma vida de trabalho ao meu pai. E não estou a falar da boca para fora...

Há dias em que gostava de ser mais confiante, mais extrovertida, mais desenrascada, mais mexida. Ter coragem de pegar nas trouxas e sair daqui. Sair do país mesmo. Largar tudo, arranjar um trabalho lá fora, e fazer a minha vida. Mas depois olho-me e vejo a mesma mariquinhas de sempre.
Hoje é um desses dias. Só me apetece correr daqui para fora, e largar tudo. Tudo e todos. Mas todos mesmo.

Calzedonia

Estive a dar uma vista de olhos numas fotos da nova colecção de bikinis e fatos de banho da Calzedonia, e temos boas notícias. Não gostei!
Da carrada que vi, salvava-se um modelo de bikni, mas como são sempre caras para chuchu e os modelos demasiado cavados e de cintura descidíssima, aqui a menina não vai ter um. Alias, nunca tive. O ano passado encontrei o meu melhor amigo para a época balnear. No Continente. A 12€. As duas partes do bikini. A pois foi, pessoas!

Virei MasterChef #7


Massa com salsicha e chouriço gratinada

A tristeza

A notícia da morte de José Wilker deixou-me triste. No exacto momento que vi a foto dele e li que tinha falecido, fiquei uns 5 minutos olhar para aquilo e a pensar que não podia ser verdade. Mas era.


Mas o que leva uma pessoa a ficar triste coma morte de alguém que apenas conhecia da televisão? Não sei. Sei apenas que há pessoas que, apesar de só as vermos na televisão, na rua, na escola, no centro comercial, nos passam uma empatia tal, que quando algo de mau acontece, nos atinge.
Curiosamente, uma das primeiras memórias que tenho da minha vida, são do Roque Santeiro. Toda a família se juntava à mesma hora na sala, para ver mais episódio desta novela. Lembro-me de me sentar no chão, pequenina que eu só, fechar os olhos com muita força, tapar os ouvidos e esconder-me debaixo do cobertor de cada vez que o lobisomem aparecia. Que medo!
E depois havia este actor, com aquela voz, com aquela postura. E depois desta novela, só a Tieta me fez perder tempo da minha vidinha, e poucas mais, até à recente Gabriela, em que este actor, com aquela voz e com aquela postura, me fez oferecer mais algum tempo da minha vidinha. Aquele homem amargo, rígido e machista, que no fundo amava aquela mulher, que teve de matar a bem da sua reputação, e das "leis" dos homens da altura. E depois me fazia rir tanto em outras alturas e me fez nunca mais esquecer a frase:

"Se prepare, que esta noite eu vou-lhe usar"

E assim se fica na memória de alguém. Obrigada, José Wilker! Adeus Roque! Até um dia, Coronel!

Calma, pára tudo

Dia da Mãe? Eu terei ouvido (e visto) bem? Mas já andam a falar no dia da Mãe?
Mas isso não é só em Maio? Que eu saiba estamos em Abril, no início, e ainda há Páscoa pelo meio.
Está tudo doido!!

Virei MasterChef #6


Bife do lombo com molho de tomate (acompanhado da minha batata frita caseira e salada de alface).