O amor escrito por outros

"Amar, é ter medo. Todo o tempo. Freud, explica da seguinte forma : tornamo-nos dependentes porque precisamos que o outro nos devolva, diariamente, a existência. Daí o medo de o perder. O amor implica correr riscos. Ele suscita um fenómeno de vertigem, por vezes mesmo de rejeição: podemos deixar de amar porque temos medo, sabotar tudo em vez de nos entregarmos e de confiar totalmente, reduzir a importância desse amor ligando-nos a uma actividade onde tudo depende de nós. Tudo isso como forma de nos protegermos do poder exorbitante do outro sobre nós. Ou desse amor em nós.

(...)

O amor afecta o nosso ser, o nosso lugar no mundo. Poucas pessoas se dão conta disso. Encontram-se sós, e sentem-se bem nessa solidão, porque estão protegidos da pulsão da morte. Mas o amor não é um contrato de afectos: é um sentimento violento que representa perigo para ambos os lados. Um perigo que, para muitos, continua a valer a pena correr."



Daqui.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Qualquer coisinha, prometo ler com toda a atenção =)