Os novos pais

Estava para aqui no meu exercício diário - o zapping - e deparei-me com o novo anúncio da Vodafone. Então a solução para calar duas miúdas estúpidas fofinhas, é espetar com um telemóvel nas mãos de cada uma? Está certo, então.
Eu cá acho que este anúncio está tão lindo como a fossa do meu prédio. Primeiro, os putos gritam logo pela mãe não é pelo pai. Depois, acho que duas lambadas no focinho resolvem muita coisa, que me desculpem os defensores do diálogo, mas nunca devem ter enfrentado uma birra.
Mas a verdade é que cada vez mais se vê os pais a passarem os tablets e telemóveis para as mãos dos petizes, afim destes calarem aquele aparelho berrante, chamado voz. E ainda dizem todos orgulhosos "O meu Martim com 3 anos já sabe mexer melhor no iCoiso que eu". Pois é capaz, porque dares-lhe um para a mão demonstra uma inteligência extrema.
Também adoro aqueles fedelhos que vão em família a, supostamente conversarem com os pais, com os headphones nas orelhas. Lindo.
Ah, ainda no outro dia vi uma reportagem de uma família que quando estão em casa, comunicam pelo facebook uns com os outros. E a rapariga desta família quando se junta com os amigos, não largam o telemóvel e chegam a estarem a falar por um tal de Whatsapp.
Andamos a criar robôs, é isso? Está certo, então.
Bendito paizinho que só me deu telemóvel aos 18 anos, nunca permitiu o bicho à mesa, nem sequer no bolso, e nunca me carregou o saldo. 'Cá beijinho, paizinho.

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