Faltas-me. Sinto-te a falta.
Nem sei que horas são. O meu relógio parou no dia em que te foste. Não sei em que mês estou, nem em que estação do ano.
Olho lá para fora e um certo sol espreita por entre as nuvens. Não está frio nem calor, o que não ajuda à decisão sobre a estação.
Lá em baixo na rua, as pessoas andam em passo apressado. Não se falam, nem sequer se olham.
Quando aqui estavas eu fazia o mesmo. Com a diferença que não tocava o chão, flutuava sobre tudo. Era tão leve que podia sentir o peso abismal de uma pena.
Tinha um sorriso permanente nos lábios, aqueles que tu beijavas vezes sem conta, como se teus fossem.
Abraçavas-me como se o mundo fosse ruir e não quissessem que me levasse. Falavas-me ao ouvido tudo o que eu queria ouvir.
A vida corria, mas não passava. Nós viviamos, mas não estávamos. Para ninguém.
Hoje, olho para o lado e não estás onde sempre estávas. Não dizes o que dizias. Não abraças o que abraçavas. Não estás.
Faltas-me. Sinto-te a falta.
[Obra idiotamente redigida por quem às 3h da manhã insistia em não ter sono.]
Muito bem escrito... Adorei. :)
ResponderEliminarUm dia também me senti assim e este texto quase que podia ter sido escrito por mim em tempos...
As noites de insónias costumam ser inspiradoras! (o que se nota)
ResponderEliminarExcelente post. Muito bem escrito.
ResponderEliminarmarie: Obrigada. Qem já amou sabe como é. Benvinda ;)
ResponderEliminarJoão Bastos: É verdade, não levam só à parvoice LoL Benvindo ;)
Pepino e Tomates: Obrigada. Esta cabeça às vezes ainda consegue alinhar o Tico e o Teco ;)